1. Princípio Sistêmico
O paciente deve ser visto como um todo e não apenas como “uma boca em tratamento”. Os aparelhos são um meio para se chegar ao equilíbrio morfofuncional.
A função faz a forma e a forma faz a função.
2. Princípio Ortopédico
O tratamento busca harmonia oclusal, muscular e das bases ósseas, através de recursos ortopédicos que modificam a direção do crescimento e a postura mandibular.
Devemos sempre respeitar o biotipo, a fórmula facial, perfil individual. Fatores parafuncionais, e hábitos deletérios que podem influir no desenvolvimento facial devem ser controlados.
3. Princípio de Preservação
Não extrair pré-molares, respeitando o equilíbrio fisiológico e o projeto original do genoma humano, contribuindo para melhor eficiência mastigatória e sustentação da oclusão.
4. Princípio do Bom Senso
No diagnóstico e planejamento, é tão importante quanto a análise radiográfica e dos modelos. Levar o errado para o lugar certo significa procurar entender a fisiologia e as limitações do sistema estomatognático, pautando as metas do tratamento conforme este princípio, pois a estabilidade oclusal depende de muito bom senso.
5. Princípio do Encapsulamento
Os aparelhos da RDFM devem ter boa fixação. Para isso as cápsulas de acrílico, deixam o aparelho “preso” aos dentes. “O resultado depende da boa retenção”.
Através do encapsulamento é que lançamos mão de diversos recursos tais como, aletas funcionais uni ou bi-lateral; mordidas construtivas, cujo avanço máximo deverá ser de 6mm a cada 120 dias. Devendo ter uma espessura de 2 a 3 mm, para ser bem tolerados pelos pacientes. Evitando danos a ATM
6. Princípio da Idade Ideal
Devemos observar as possibilidades fisiológicas do momento clínico em que o paciente nos chega.
Quanto mais cedo intervirmos, maior será nosso sucesso, pois melhor será a resposta e a relação uso/crescimento será próxima do ideal. Porém em determinadas fases do desenvolvimento do sistema estomatognático a intervenção é especialmente importante (socorro).
7. Princípio da Força Suave
São utilizadas forças intermitentes, através de tornilhos, somadas a
forças musculares, tornando-as nossas aliadas. É preferível aumentar a freqüência de uso a aumentar a intensidade da força utilizada. Forças mais suaves induzem a crescimento ósseo de melhor qualidade.
8. Princípio do Reequilíbrio Oclusal
Na seqüência do tratamento, quando necessário, deve-se propiciar um relativo reequilíbrio oclusal ao paciente antes de se passar para a próxima fase do tratamento. Respeitando o triploidismo que deve ser reproduzido nas cápsulas oclusais.
9. Princípio da Distalização em Bloco
É o principal movimento da RDFM, devendo ser executado em um hemiarco de cada vez, alternando os lados para evitar distorções na arcada (efeito rebote). Usar o recurso da maioria contra a minoria. Os aparelhos deverão ser reembasados a cada seqüência de 20 ativações, aproveitando ao máximo a eficiência do tornilho.
10. Princípio do Uso Intermitente
É comprovado que a intermitência no uso dos aparelhos da RDFM, tem um efeito benéfico para o controle de reabsorção e neoformação óssea, onde os fibroblastos têem um papel importantíssimo, se transformado em osteoblasto através do fenômeno piezelétrico.